terça-feira, 14 de outubro de 2008

Qualificação para CAN e Mundial de 2010 - África Austral: Excursionistas maltratados exigem reembolso do dinheiro

OS excursionistas da classe executiva que integraram o grupo que se deslocou a Gaberone, via terrestre, para apoiar os “Mambas” no jogo frente ao Botswana, no último sábado, exigem à Serigrafia Nova Imagem – promotora da iniciativa - o reembolso do dinheiro referente à hospedagem.


excursionistas da classe executiva que integraram o grupo que se deslocou a Gaberone
Os excursionistas, perto de 70, não chegaram a beneficiar do alojamento, devido ao facto de a excursão ter chegado na manhã do dia do jogo. Exigem que lhes sejam devolvidos 650 rands dos 1500 pagos para a viagem e estadia num dos hotéis em Gaberone, o que acabou não acontecendo, pois o autocarro da classe executiva só chegou à capital do Botswana entre as seis e as sete horas de sábado, quando a previsão era na noite de sexta-feira, dia em que a excursão, de quatro autocarros, partiu de Maputo.

Para além de terem pernoitado no autocarro devido à avaria grossa que se registou durante o percurso, os excursionistas da classe executiva voltaram a passar horas no machimbombo já em Gaberone, pois ninguém da parte da organização conseguia localizar o hotel aonde deviam se dirigir. Para além de que ninguém estava no local para os receber. A identificação do local onde deviam alojar-se só foi possível com a ajuda de funcionários da Embaixada Moçambicana no Botswana.

Mesmo assim, em nada ajudou aos excursionistas, pois o tempo que deviam passar no hotel esgotou-se ao longo da viagem no autocarro, facto que provocou ira e protestos e exigindo que lhes fossem devolvidos os 650 rands pagos para a hospedagem. Ficaram ainda mais agastados pelo facto de a organização ter-lhes deixado numa situação de abandonados e sem gozarem do mínimo do conforto que lhes havia sido prometido. Aliás, o descontentamento agravou-se com o facto de, no local, ninguém da organização ter conseguido esclarecer se lhes seria reembolsado ou não o dinheiro da hospedagem.

Várias razões foram apontadas por algumas pessoas de terem estado na origem do atraso, desde a partida tardia da caravana. A excursão, que devia ter arrancado de Maputo às 6.00 horas, acabou partindo às 8.30 horas, com paragens consideradas excessivas ao longo do percurso.

O outro pormenor avançado é que o autocarro da classe executiva se perdeu antes de sofrer a avaria grossa, razão pela qual só chegou no dia do jogo. O resto da caravana, curiosamente da classe económica, chegou na noite da sexta-feira, mas também passou por maus bocados, pois não tinha ninguém para lhe receber e orientar.

Isso levantou suspeitas de falta de domínio da rota por parte dos motoristas dos autocarros, curiosamente sul-africanos. Aliás, segundo contaram alguns excursionistas, a caravana separou-se várias vezes durante o percurso, o que se aventa a hipótese de os autocarros não terem atravessado a mesma fronteira, motivo pelo qual chegaram a Gaberone em ocasiões diferentes.

Entretanto, esforços visando ouvir a organização sobre o assunto, na pessoa de Miguel António Ferreira, redundaram em fracasso. Miguel Ferreira, que tem vindo a promover excursões em apoio aos “Mambas”, é acusado de ter deixado os excursionistas à sua sorte, pois as pessoas a quem confiou a missão de acompanhá-los não passaram de simples espectadores. Miguel Ferreira viajou via aérea para Gaberone e continua com o telefone desligado desde domingo.

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