segunda-feira, 27 de outubro de 2008

“Tricolores” fixam residência no Atlético

O CAMPO do Atlético Muçulmano de Maputo, na Matola, tornar-se-á definitivamente propriedade do Maxaquene em princípios de Novembro, no desfecho das negociações que vêm sendo feitas desde os princípios do ano em curso entre as direcções dos dois clubes.

O presidente do clube “tricolor”, Rafindine Mahomed,
O presidente do clube “tricolor”, Rafindine Mahomed, disse ontem que todos os procedimentos legais foram concluídos e que entre os dias 3 e 8 de Novembro o campo passará para as mãos do Maxaquene.

Entretanto, Rafindine Mahomed esclareceu que apenas o departamento do futebol passará para as novas instalações. A direcção e os restantes departamentos continuarão a funcionar nas actuais instalações do clube.

Afirmou adiante que, no âmbito das negociações sobre as novas instalações, o Maxaquene conta com um parceiro com o qual assinará um acordo nos próximos dias para a atribuição do nome do campo adquirido ao Atlético.

Rafindine Mahomed frisou que todas as acções em curso fazem parte das decisões tomadas na assembleia extraordinária do clube “tricolor” em Junho último.

PROCESSO DE DESANEXAÇÃO DO CAMPO ESTÁ EM CURSO

O presidente “tricolor” dissipou equívocos sobre o processo de desanexação do campo que, nos próximos tempos, passará a servir para fins imobiliários, no âmbito do contrato estabelecido entre o Maxaquene e um parceiro que não quis revelar para aliviar as equipas de futebol do estado de degradação que o recinto está a conhecer, devido a problemas relacionados com o nível freático da zona e de sistemas de esgotos à sua volta.

Rafindine Mahomed disse que o atraso no processo de transferência para o campo do Atlético Muçulmano tem a ver com o trabalho que está sendo feito para a alteração do plano urbanístico sobre o espaço onde se encontra o campo, que está destinado para fins desportivos.

“Estamos a seguir as instruções dadas pelo município na tramitação do processo de alteração do plano urbanístico para fins imobiliários. Está a ser feito e é um processo que não será concluído de um dia para outro. Significa que só depois da sua aprovação pelo Conselho Municipal de Maputo que o campo será definitivamente desanexado para servir a fins imobiliários”, explicou.

Ajuntou que uma das grandes razões da demora da transferência para o recinto do Atlético foi a situação a que o clube foi submetido pela necessidade da elaboração de um novo plano, nomeadamente a contratação de algumas empresas especializadas para o efeito. A alteração do plano consiste em três aspectos, nomeadamente o projecto arquitectónico, estudo do impacto ambiental e de viabilidade económica. “O problema sobre a transferência para o Atlético só ficou superado a partir do momento em que o pedido da alteração do plano, recomendado pelo Conselho Municipal, começou a ser correspondido”, contou

Questionado sobre se a transferência teria a ver com o facto de o interessado pela compra do campo não ter desembolsado o dinheiro, que possivelmente seria destinado ao pagamento do recinto do Atlético, Rafindine Mahomed contestou dizendo que “todos estes aspectos foram salvaguardados no contrato entre o Maxaquene e o seu parceiro”.

TÉCNICO PORTUGUÊS PARA EQUIPA PRINCIPAL

 Enrico Budsano, novo técnico do Maxaquene
O presidente do Maxaquene anunciou, na ocasião, a contratação de um treinador português para as duas próximas épocas. Segundo contou, o técnico em alusão chega a Maputo no próximo mês e vai trabalhar juntamente com Zainadine Mulungo, actual treinador “tricolor”, que passará a assumir o cargo de adjunto técnico.

De salientar que a equipa principal de futebol do Maxaquene tem, nos últimos anos, estado a registar um mau desempenho e, consequentemente, trocado de treinadores. O Maxaquene teve nos últimos dois anos treinadores como Chiquinho Conde, Artur Semedo e o italiano Enrico Bonzana. Este último demitiu-se recentemente, tendo fechado o seu lugar Zainadine Mulungo.

SALVADOR NHANTUMBO

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