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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Afinal, Tico-Tico já não tem contrato com o Desportivo!
AFINAL alguém está a lançar areia nos olhos dos outros para distrair a sua massa associativa? Esta é a verdade dos factos sobre a ida de Tico-Tico à Holanda na última terça-feira para frequentar um curso que lhe permita habilitar-se cada vez mais na nova carreira que pretende seguir depois de arrumar as chuteiras, que é a de treinador.
Os dirigentes do Desportivo apareceram em público a acusar a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) de ter precipitado a ida de Tico-Tico à Holanda, porque a sua equipa tinha, nas vésperas, um jogo com a Liga Muçulmana de tamanha importância.
Essa acusação, segundo dados em nosso poder e de acordo com documentos a que tivemos acesso, só pode ser absurda, porque Tico-Tico, mesmo que continuasse no país, não jogaria mais esta época pelo Desportivo no Moçambola, uma vez que o seu contrato, por tempo determinado, com os “alvi-negros”, por quatro meses, terminou a 31 de Julho de 2010.
Aliás, a Federação Moçambicana de Futebol, para acautelar situações de protestos pela utilização indevida do atleta, teve o cuidado de enviar uma carta ao Desportivo que foi recebida e assinada por Afonso Chadreque no dia 5 de Agosto corrente, cujo teor passamos a transcrever:
Pela presente, vimos informar a V. Exas que o contrato desportivo do v/atleta Manuel José Luís Bucuane terminou em 29/07/2010, pois a sua duração era de quarto (4) meses.
O regulamento do Campeonato Nacional (Moçambola) só poderá fazer parte jogadores profissionais (não amador) pelo que o jogador em causa cessa o compromisso que o vinculava ao clube, não podendo jogar naquela prova.
Ainda mais: soubemos da Federação Moçambicana de Futebol que o Desportivo tentou prorrogar o contrato de Tico-Tico, mas não foi possível por força dos regulamentos, citando o ponto 61 do Comunicado número um que diz que … as adendas ou aditamentos não são para prorrogar os prazos de compromissos desportivos mas sim para acrescentar aquilo que por lapso não foi mencionado no respectivo contrato ou acordo desportivo, como por exemplo: alteração de subsídios, salários, prémios....
Analisada pormenorizadamente a ida de Tico-Tico à Holanda não pode, de forma alguma, ter prejudicado o Desportivo, porque entre o atleta e a colectividade já não existia vínculo contratual, pelo menos para ele jogar no Moçambola. Pelo que, os dirigentes do Desportivo ou estão a lançar areia nos nossos olhos ou estão a distrair a sua massa associativa para justificarem as derrotas.
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