segunda-feira, 16 de agosto de 2010

MOÇAMBOLA 2010 - Vilankulo FC, 2 Maxaquene, 1: O regresso às vitórias


SEIS jogos depois sem ganhar, o Vilankulo FC regressou às vitórias caseiras, ao bater no sábado o Maxaquene por duas bolas a uma. O jogo também serviu de estreia do novo treinador da equipa local, Miguel dos Santos, depois do afastamento de Euroflim da Graça.



Os “tricolores” tiveram dificuldades para explanar o seu futebol que faz de si candidatos à conquista do título. Miguel do Santos, que continua coadjuvado por Artur Romão, montou uma equipa marcadamente ofensiva com cautelas na defesa e muito lutadora no meio-campo, onde o trio Gonçalves, Félio e Jossias baralhou por completo o esquema de Salvado, pois, o Maxaquene não ganhou nenhuma jogada naquele sector. Os médios locais foram os principais armadores do jogo.

O Maxaquene não teve hipóteses para justificar perante os seus adeptos em Vilankulo as vitórias frente ao Costa do Sol e ao Desportivo de Maputo. Foi um Maxaquene sem chama, vigor e determinação, sem vontade, enfim uma tarde em que os pupilos de Arnaldo Salvado estiveram irreconhecíveis.

Os comandados de Miguel dos Santos, cansados de derrotas em casa e empates fora, foram verdadeiros operários, pois, desde o primeiro apito não deixaram o adversário pensar. Eram os primeiros a chegar à bola, correram mais, pressionavam o homem com a bola, todos corriam com ou sem bola. A ansiedade de chegar ao golo mais rápido era enorme, como também os escalados para este embate que era de capital importância para os objectivos de Vilankulo quiseram mostrar ao novo técnico, que havia matéria-prima com capacidade para fazer maravilhas neste campeonato.

Aos nove minutos, Vilankulo surge com perigo na baliza do Soarito, mas Titos chegou tarde ao cruzamento de Belo e, aos 16 minutos, a equipa local chega ao golo por Joe na conversão de uma grande penalidade castigando mão de Alvarito na área.

Na segunda parte, os visitantes quiseram sacudir a pressão, com entrada de Reginaldo para o lugar de Alvarito amarelado, mas foi sol de pouca dura, porque os anfitriões voltaram a pegar o jogo. O Maxaquene começou a caçar os erros do adversário para lançar contra-ataques. Miguel dos Santos continuou a mandar os seus pupilos para frente em busca do golo da tranquilidade que acabou acontecendo aos 86 por Ivo a concluir um passe de morte de Edgar.

Já ao cair do pano, Tony marca o tento de honra, aproveitando uma sobra na pequena área do adversário depois de uma defesa incompleta de Jaimito.

José Hugo, árbitro do jogo, não teve mácula, não deixou os seus créditos em mãos alheias. Novo nome na arbitragem, uma grande promessa para o futebol moçambicano.

FICHA TÉCNICA

Árbitro: José Hugo, Amisse Djuma e Daniel Filipe.

Vilankulo FC: Jaimito, Ali, Joe, Tcharles e Bila, Belo, Félio (Mambucho) Gonçalves, Jossias, Edgar ( Sergito), Titos ( Ivo ).

Maxaquene: Soarito, Campira, Gabito, Vasil, Eusébio, Kito, Alvarito (Reginaldo), Liberty (Aníbal), Macamito, Nelsinho (Eládio) e Tony.
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Alvarito, Campira e Macamito, do Maxaquene; Joe e Jaimito, do Vilankulo.

Golos aos dezasseis e oitenta e seis minutos por Joe e Ivo para Vilankulo FC e Tony aos noventa e três minutos

Victorino Xavier

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