quarta-feira, 4 de agosto de 2010

“Estamos a lutar para diminuir o fosso salarial entre Mart Nooij e seus adjuntos”


Garante Baptista Bonzo, vice-presidente da FMF para Área de Marketing.

O vice-presidente da Federação Moçambicana de Futebol para Área de Marketing e Relações Públicas, Baptista Bonzo, garante que esta agremiação vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que não haja um enorme fosso salarial entre Mart Nooij e seus adjuntos, situação que, num passado recente, provocou um mal-estar entre o técnico holandês e os seus pares.

Bonzo asseverou, no programa “Ao Ataque” da Stv, que a FMF entrou esta semana no processo de análise das propostas avançadas por João Chissano, ex-treinador do Costa do Sol, e Mano-Mano, figuras que, em princípio, irão trabalhar com Mart Nooij nos Mambas. “Primeiro, era preciso que houvesse um consenso entre o treinador e as pessoas e, daí, seguir à fase posterior que é da negociação das condições do contrato.

Vamos ter uma reunião com os nossos parceiros que são os principais canais para o pagamento de salários para todo o “gabinete técnico”, referiu. Neste momento, prosseguiu Baptista Bonzo, “o que estamos a tentar fazer é diminuir o fosso salarial entre Mart e os seus adjuntos para que os outros também vejam reconhecido o seu valor e trabalho. Já temos as propostas e estamos a tentar afinar para haver um equilíbrio, em relação àquilo que nós temos como condições e até onde eles podem aceitar. Isto de acordo com as condições financeiras da FMF. apesar de existir uma grande vontade de tê-los na FMF, existe essa limitação financeira. Mas podemos adiantar que o primeiro contacto que tivemos foi positivo”, assegurou.

Em relação à rejeição da figura de Amade Chababe Amade, um dos adjuntos de Mart Nooij na campanha de qualificação para o CAN-2010, e cujo nome foi proposto por Mart Nooij mas que foi rejeitado pela FMF, Bonzo disse: “Eu penso que é perceptível que a FMF recuse, primeiro pelo facto de Amade Chababe ter sido o nosso quadro como adjunto de Mart e estar, neste momento, em litígio connosco”.

O dirigente ajuntou ainda que “Chababe abandonou-nos num momento em que precisávamos dele. Entretanto, propusemos a Mart que indicasse uma outra alternativa, e dissemos que iríamos negociar com Mano-Mano. Fizemos uma proposta para que, no lugar de Chababe, pudesse considerar João Chissano. E, depois de uma conversa que durou alguns dias, finalmente o próprio Mart entendeu que, de facto, tínhamos razão”, explicou.

Mais adiante, o nosso interlocutor disse que “tinha que se arranjar outra figura que fosse consensual, daí que partimos para essa negociação, até que, na última sexta-feira, tivemos já o consenso em relação às figuras possíveis para adjuntos de Mart”.

Inicialmente, sabe-se, Mart Nooij propôs três nomes para adjuntos, sendo que um deles Tico-Tico. Contudo, porque o ex-capitão dos Mambas não tem a formação exigida, ou seja, o curso de treinadores de nível III, a Federação Moçambicana de Futebol achou melhor colocar o ex-capitão dos Mambas como “team manager”. “Para esclarecer, a FMF apoia Tico-Tico como uma das pessoas que podem vir a dar equilíbrio à selecção nacional, até pela sua experiência, carisma e peso que tem. Nós entendemos que, de facto, era a figura ideal para fazer parte da selecção, mas não como seleccionador-adjunto, pois para tal teria que ter o nível III”, explicou.


Heliogabaldo Cuna

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