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segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Desportivo de Maputo e Ferroviário da Beira na linha da frente
Os “alvi-negros”, este ano, querem dar uma resposta à altura àqueles que torcem o nariz e consideram que, nos momentos cruciais, poderão falhar muito por força da sua juventude. Por outro lado, o Ferroviário da Beira, vice- campeão, cumpriu a sua missão perante adversários acessíveis, tendo atingido a chapa 100 diante do Sporting Soprotecção de Quelimane (107-67) e vencido o Matolinhas (87-68).
É verdade que ainda há muita estrada por percorrer, mas as duas primeiras jornadas da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom (LNB) já nos deram indicativos daquilo que poderá ser esta competição, em termos competitivos e não só. Por um lado, temos um Desportivo de Maputo, superiormente comandado por Augusto “Lingras” Matos (marcou 20 pontos no embate com o Maxaquene), a somar vitórias nos dois embates realizados, e deu vazão àqueles que o colocam como um sério candidato ao título.
Os “alvi-negros”, este ano, querem dar uma resposta à altura àqueles que torcem o nariz e consideram que, nos momentos cruciais, poderão falhar muito por força da sua juventude.
Por outro lado, o Ferroviário da Beira, vice-campeão, cumpriu a sua missão perante adversários acessíveis, tendo atingido a chapa 100 diante do Sporting Soprotecção de Quelimane (107-67), e vencido o Matolinhas (87-68).
Este é um começo prometedor da equipa treinada por José Delfino, numa temporada que os históricos de Maputo estão avisados da ousadia e potencial dos “locomotivas” beirenses, sobretudo, depois de ano passado terem logrado chegar à final diante do Maxaquene.
O Maxaquene, esse, soube dar uma boa resposta à derrota na estreia diante do vizinho e arqui-rival Desportivo (77-73) vencendo, sábado, ao Ferroviário de Maputo (85-54), numa partida em que o seu jogo exterior foi simplesmente demolidor.
Samora Mucavel, que no embate com o Desportivo cometera uma infantilidade nos minutos finais, mostrou que, quando está em dia, é um jogador a ter em conta, Sílvio “Nelinho” Letela (que surpresa! - esteve com as mãos quentes com bombas dos 6.25 metros) e Fernando “Nandinho” Manjate (fantástico a jogar de caras e costas para o cesto e nas penetrações) deram o cheque-mate.
Os reforços norte-americanos, nomeadamente, Cameron Echols e Kim Adams, ainda têm tempo para mostrar o que realmente valem. Neo Mothiba, grande jogador este sul-africano, não foi suficiente para travar a armada “tricolor”.
O Costa do Sol foi traído no primeiro jogo frente ao Ferroviário de Maputo (perdeu por 91-69), pelo facto dos seus jogadores das posições quatro e cinco terem acumulado faltas, daí que, no terceiro e quarto períodos, Milagre Macome, técnico “canarinho”, haja sido forçado a manter muito tempo no banco jogadores fundamentais, com o propósito de gerir a equipa.
Feitas as contas, com duplas vitórias no começo, o Ferroviário da Beira e o Desportivo de Maputo garantiram as primeiras duas posições destacadas do certame.
Os “locomotivas” da Beira venceram o Sporting Soprotecção de Quelimane (107-67) e o Matolinhas (87-68), enquanto os “alvi-negros” da capital triunfaram diante do Maxaquene (77-73) e do Costa do Sol (97-81).
Esta fase regular, que se joga no sistema de todos contra todos em duas voltas, em jornadas duplas, prossegue nos dias 27 e 28 de Agosto com a efectivação das terceira e quarta jornadas, com os seguintes jogos: Ferroviário de Maputo vs Desportivo da Beira; Desportivo de Maputo vs Ferroviário da Beira; Matolinhas vs Maxaquene e Sporting Soprotecção de Quelimane vs Costa do Sol. Na ronda seguinte, teremos o Desportivo de Maputo vs Desportivo da Beira; Ferroviário de Maputo vs Ferroviário da Beira; Matolinhas vs Costa do Sol e Sporting Soprotecção vs Maxaquene.
Insólitos para recordar...
Fim do tratamento VIP? É, pelo menos, a avaliar pelas jornadas duplas realizadas sexta-feira e sábado, a questão que se pode colocar à Liga Nacional de Basquetebol. Foi caricato ver algumas figuras do panorama desportivo e político do país disputarem lugares com o público e vendedores ambulantes.
Marcelino dos Santos, veterano da luta de libertação nacional; Inácio Bernardo, director nacional dos Desportos; Aníbal Manave, presidente da Confederação Africana de Basquetebol da Zona VI; Alberto Simango Júnior, presidente da Liga Moçambicana de Futebol; e Francisco Mabjaia, presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, constituem o exemplo daqueles que, por direito, deveriam ter um protocolo a levá-los à tribuna de honra.
Crescêncio José
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