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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
JOGOS DA CPLP - "Titios" da Guiné no centro do furacão
INVICTA e verdadeiramente de vento em popa, a Guiné-Bissau não oferece tréguas a ninguém na bola-ao-cesto. É a melhor equipa do ponto de vista competitivo e com um basquetebol mais adulto e melhor elaborado, contra todos os vaticínios que inquestionavelmente colocavam Angola como candidata natural à conquista da medalha de ouro, assim como Portugal, Brasil e Moçambique, este último a puxar para o seu manto o facto de ser anfitrião do evento.
Os guineenses estão a ganhar a tudo e a todos. Que o digam, sucessivamente, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Cabo Verde, com os dois insulares a verem os seus adversários atingir a “chapa 100”. Evidentemente que ninguém inveja o êxito da Guiné-Bissau, no entanto, já se levantam suspeições quanto à autenticidade da idade dos seus jogadores, tendo em conta que os Jogos da CPLP são destinados a atletas abaixo dos 16 anos.
Os “titios” da Guiné, tal como já são apelidados, realmente possuem marcas fisionómicas e atléticas que não têm nada a ver com jovens sub-16. A altura – autênticas torres – e a sua musculatura levam a que as restantes delegações suspeitem da idade daqueles jogadores e, inclusive, segundo nos disseram, se até aqui ainda não protestaram formalmente é porque não pretendem embaraçar a boa organização do evento por parte de Moçambique e, acima de tudo, fazerem prevalecer aquilo que é a raiz destes jogos: o convívio e a promoção da fraternidade entre os jovens desportistas da comunidade.
À semelhança do futebol, onde também as suspeitas existem, depois de se ver actuar a Guiné-Bissau diante de Angola (empate 1-1) e de Portugal (derrota 1-3) as diferenças são mais evidentes quando se colocam os seus jogadores, por exemplo, ao lado dos verdadeiros meninos de Cabo Verde.
Tanto quanto nos revelaram elementos doutras selecções, os guineenses são frequentes no esquema de utilização de atletas com idade superior à estipulada, situação que deve merecer a devida atenção de todos os países nos próximos certames, pois a loucura pelas vitórias não pode desvirtuar a essência dos Jogos, levando os treinadores e dirigentes a enveredar pela falsificação.
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