segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Detentor do título caiu em Vilankulo


Terminou o sonho dos “locomotivas” de Maputo” de revalidar o título, depois da derrota diante do representante de Inhambane, Vilankulo FC, por 1-0

Reflectindo sobre aquilo que vem sendo o desempenho das equipas nas principais provas regulares do país, nomeadamente, o Moçambola-2010, os quartos-de-final da Taça de Moçambique em Futebol mCel-2010 acabaram por trazer à superfície duas realidades: a confirmação da regularidade da campanha patenteada pelo Maxaquene e o mau momento que o detentor da “dobradinha” (Ferroviário de Maputo) atravessa.

Mas também houve o renascer das cinzas de três históricos do futebol moçambicano. O Textáfrica de Chimoio, o FC de Lichinga e o Vilankulo FC, que atravessam diferentes momentos na prova rainha do futebol “nacional”.

Outra realidade extraída destes quartos-de-final da Taça de Moçambique e deste fim-de-semana é que o Ferroviário de Maputo, detentor da “dobradinha” em 2010, já não vai a tempo de reconquistar o ceptro, restando utilizar uma máquina calculadora, nas últimas oito jornadas do Moçambola, para tentar, pelo menos, revalidar o título de campeão nacional, o que a acontecer seria o “tri” consecutivo.

Com as diferentes paixões manifestadas, os quartos-de-final da Taça Moçambique mCel foram um verdadeiro festival. Foi o demonstrar da perfeita interacção público-futebol/espectáculo. E esse futebol/espectáculo foi, globalmente, vivido este fim-de-semana, no decorrer das partidas referentes aos quartos-de-final da prova, que distinguiram Maxaquene, Vilankulo FC, Textáfrica e FC Lichinga com a transição para as meias-finais. De acordo com os cruzamentos já previstos, as semi-finais serão compostas pelas partidas Vilankulo FC vs Textáfrica de Chimoio e Maxaquene vs FC Lichinga.

Em Tete, os “tricolores” de Arnaldo Salvado/António Muchanga suaram às estopinhas para derrotarem o Chingale de Tete por uma bola a zero. Todavia, vale a pena destacar o facto de se ter registado a festa do futebol em Tete. Foi uma alegria. Foi o extravasar das emoções. Foi o reencontro com a identidade dos tetenses, bem representados pelo Chingale, mesmo fora do Moçambola-2010.

Sofrer um golo na sequência de um pontapé de canto por parte do Ferroviário de Maputo virou sina.

No sábado, foi desta maneira que a equipa de Chiquinho Conde perdeu com o Vilankulo FC e viu-se afastada da intenção de revalidar a conquista da Taça de Moçambique.

No final, a festa da equipa de Vilankulo era óbvia, a contrastar com o desencanto “locomotivo”, cujos jogadores, cabisbaixos, abandonaram o campo e, ainda perante os decepcionados adeptos, que também não se contiveram em manifestar a sua tristeza pelo facto de há largo período que o Ferroviário não lhes presenteia com um resultado positivo.

Em Manica, a vingança foi também servida a frio. O Textáfrica recebeu e bateu o Costa do Sol por claros e convincentes duas bolas a zero.

Os “canarinhos”, a partir deste desfecho, devem apenas começar a projectar a próxima temporada e, nesta, continuar a lutar pela melhor posição possível, que, certamente, estará longe dos habituais pergaminhos desta colectividade.

Depois de uma semana turbulenta devido a mais uma greve dos jogadores do FC Lichinga, que reivindicam sete meses de salários atrasados, sem ter registado um grande espectáculo no seu recinto, o FC Lichinga recebeu e levou de vencido o Sporting da Beira por 2-1.

É caso para destacar a atitude e o brio profissional dos jogadores do FC Lichinga bem comandados por Gentil Escrivão.

Crescêncio José

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