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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
MOÇAMBOLA-2010 - Fer. Pemba, 0-Matchedje,0: Penalização a quem domina e não marca
O MATCHEDJE impressionou muito no início da partida, pois entrou de chofre e tudo indicava que queria resolver os problemas nos primeiros minutos. Na verdade, passados dois minutos há uma saída em bloco que termina numa confusão na pequena área defendida pelo guardião Bonifácio por causa da qual é reclamado um pretenso penalte não assinalado por Esteêvão Matsinhe.
Os “militares” continuaram a sufocar o meio-campo contrário com a ajuda do vento que soprava a seu favor na primeira parte, mas causou estranheza que antes de passarem 25 minutos os homens comandados por Nacir Armando, tal como tinha começado o jogo, também de repente esfriaram à excepção de algumas “peças” lá na frente, entre as quais Gregório, que passou sempre a reclamar e meteu-se em faltas perigosas que deram a primeira cartolina amarela do encontro, mostrada a si.
Nada de importante aconteceu, se bem que, mesmo o domínio que os “locomotivas” a espaços tiveram, através de Telinho, Dula, Cachimo, não surtiu o efeito desejado, para além das palmas dos espectadores, de cada vez que o primeiro tinha a bola nos pés. A igualdade começou a desenhar-se, de tal sorte que na primeira parte nenhum técnico fez substituição.
Na segunda etapa as coisas mudaram, pois passou a ser o Ferroviário a sufocar o seu opositor, mais uma vez, com a ajuda do vento que ainda não tinha mudado de direcção. Mas desta vez o domínio foi tal que o meio-campo “militar” ficou completamente privatizado, com jogadas que só não deram o que delas se esperava porque Telinho, Dula e Six nunca foram perdoados pela defensiva contrária.
Six dá lugar a Corocho, que veio emprestar maior pendor atacante que viabilizou que em três minutos se registassem quatro descidas que obrigaram a muitas faltas dos “militares”. Nasce o segundo amarelo contra Jojó, na mesma altura em que Gregório é substituído por Pery e Majov, do Ferroviário, é admoestado com um cartão amarelo.
Os técnicos passam a ficar mais tensos, Cachimo, nas hostes “locomotivas”, dá lugar a Azize, a pressão aumenta e o Matchedje começa a pautar por aquela sua característica tristemente célebre, quedas desnecessárias para ganhar tempo, pois o empate sair-lhe-ia, como o foi, com sabor a vitória. Zacarias ficou o rei deste comportamento, o que fez com que o prolongamento fosse de cinco minutos.
A igualdade prevaleceu até que Estêvão Matsinhe, cujo trabalho pareceu cinzento, coadjuvado por Henrique Langa e Isaque Domingos, tendo como quarto árbitro Abene Jussa, deu por terminada a partida que soube a derrota para os donos da casa, em virtude das oportunidades que estiveram nos seus pés e não deram o desejado golo.
FICHA TÉCNICA
FER. PEMBA: Bonifácio; Franco, Majov, Marito e Abdala; Telinho, Cachimo (Azize), Dula, Osvaldo, Vasco e Matofe.
MATCHEDJE: Zacaraias; Silva, Leonel, Sérgio (Nhabanga), Gregório (Pery), Caló, Julinho, Jojó (West), Osvaldo, Vasco e Matofe.
Pedro Nacuo
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