quarta-feira, 18 de agosto de 2010

“Farei de tudo para voltarmos a fazer uma boa época”


Inaki Garcia, treinador da equipa sénior masculina de basquetebol do Maxaquene.

Depois de, ano passado, ter conduzido o Maxaquene à conquista da Liga Nacional de Basquetebol, Inaki Garcia trabalha a todo vapor com vista à renovação do título.

E essa marcha, rumo à conquista do 18º título, começa já no dia 20 de Agosto, diante do vizinho e rival Desportivo, formação com quem o Maxaquene perdeu no Campeonato da Cidade, por 70-61, resultado que permitiu aos “alvi-negros” conquistarem a prova, sete anos depois.

Acredito que, desde o término da Liga Nacional de Basquetebol 2009 a esta parte, muito pouco terá mudado. Confio no trabalho que o Simão Mataveia já fez com a equipa. E sei que o Desportivo está com uma base muito boa. O Ferroviário de Maputo é uma questão de tempo, pois, quando estiver a render as suas reais capacidades, vai ser uma equipa a ter em conta. O Costa do Sol está em fase de melhoria e tem a política de se reforçar. O Ferroviário da Beira é uma equipa a observar, pois está noutra cidade, mas certamente que não está tão diferente do ano passado”, considerou Inaki Garcia, treinador da equipa sénior masculina de basquetebol do Maxaquene.

Começou a trabalhar com a equipa na passada quinta-feira. O que encontrou, efectivamente, no Maxaquene e quais os passos a dar até ao arranque da Liga Nacional de Basquetebol, no dia 20 de Agosto?

Penso que o passo prévio é acertar todos os detalhes do trabalho, pois  temos o mesmo bloco de jogadores nacionais do ano passado. O trabalho feito anteriormente vai ajudar-nos a fazer um projecto continuado. No detalhe, primeiro, é preciso dar continuidade ao trabalho desenvolvido. Por outro lado, assentar as bases dos planos defensivos e ofensivos. Não vou entrar na questão das jogadas, porque isso será feito quando todos os estrangeiros estiverem integrados.

Sabemos que observou novos jogadores estrangeiros na Espanha. Como será feito o seu enquadramento?

Vamos ter mais tempo para enquadrar os jogadores estrangeiros. Temos um défice de jogadores para o jogo interior. preocupei-me em pesquisar e contactar um jogador que responde a estas necessidades do clube. Ano passado, tinha um jogador que jogava mais de costas para a tabela (Janson Hartford), mas agora encontrei um jogador forte em situações de um para um, portanto, um desiquilibrador. Todas as equipas reforçaram-se bastante a nível nacional. Se nós conseguirmos ter uma boa base nacional, seremos fortes candidatos ao título.  Mas, também, gostaria de contar com um jogador americano que, por duas vezes, foi melhor defensor no basquetebol da III divisão, na Espanha. Muito bom bloqueador, ressaltador, vai dar outra consistência à nossa defesa. Ele pode não vir de imediato, mas a posterior.

Que avaliação faz do período em que a equipa ficou sob as ordens de Simão Mataveia.

Bom trabalho, pois tenho conhecimento do valor dos meus adjuntos.  Sei também que, neste momento, o Desportivo está num bom nível e é, igualmente, favorito. mas nós somos os campeões nacionais. Milagre Macome está a fazer um bom trabalho no Costa do Sol. O Ferroviário de Maputo vai reforçar a equipa e, quando jogar dentro das suas reais capacidades, será mais forte.

Voltou para assumir o comando técnico do Maxaquene. Há uma valorização em termos de contrapartidas financeiras?

Não. Eu volto com as mesmas condições, porque quero que o Maxaquene cresça. Gostaria que o corpo técnico (os meus adjuntos) e os jogadores fossem mais valorizados. Este é o meu desejo, pois sei qual é a razão da minha estada aqui. Esta é a minha filosofia. Estou contente com o trabalho de Simão Mataveia, pois ele é reconhecido, ao ponto de ser um treinador de diferentes selecções no país.

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