O VINHO torna-se tanto mais viscoso quanto mais velho, dizem os portugueses dos seus vinhos. E cá entre nós, Tico-Tico quanto mais velho se torna solução. Foi o que aconteceu no sábado no campo do 1º de Maio, quando resolveu o jogo da sua equipa – Desportivo – diante do Ferroviário da Beira com um golo genial, até de arrepiar os cabelos.
Os “alvi-negros” que vinham de uma série de maus resultados respiraram de alívio com esta vitória, conseguida com muito sacrifício, uma vez que o seu adversário não facilitou, principalmente na segunda parte, período durante o qual superiorizou-se em alguns momentos.
Muito recuado e sempre em contra-ataque e com remates à meia distância, dificilmente o Ferroviário da Beira conseguiria os seus intentos diante de uma equipa “esfomeada” e que tentava a todo o custo o golo da tranquilidade que só viria a acontecer através do “mestre” Tico, que aos 41 minutos, naquele seu estilo de “meio molengão” apareceu na área e com um toque subtil “picou” para a baliza já desguarnecida.
O intervalo chegou ainda a festejar-se o golo. O segundo período trouxe um Ferroviário mais agressivo, logicamente à procura do golo do empate. Forçou a barra e obrigou os “alvi-negros” a terem que recorrer à contenção do esférico e a fazer entrar alguns defesas para assegurem a magra, mas importante vitória para os três pontos, que afinal são a essência de todo o objectivo que se persegue.
Com este desfecho, apenas questionar: será que o Ferroviário da Beira vai conseguir posicionar-se nos lugares cimeiros deste Moçambola? A ver vamos.
A equipa de arbitragem, tirando um e outro erro, da auxiliar Estrela Gonçalves, esteve bem.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Dionísio Dongaze, auxiliado por Estrela Gonçalves e Bento Chengenão. Quarto árbitro: Arlindo Silvano.
DESPORTIVO: Leonel; Jaime, Baúte, Zainadine, Isac (Beto), Tchitcho, Tico-Tico, Muandro (Áureo), Cãndido, Félix e Abílio (Emílio).
FER. BEIRA: Minguinho; Barrigana, Edson, Nené, Mupoga, Gervásio, Burramo (Elfídio), Carlsos (Mito), Zola, Tik e Victor (Bruno).
Amarelos para Muandro e Elfídio.
Gil Carvalho
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